quinta-feira, 3 de março de 2016

Reforço: Todo dia um pouquinho...


         Fazer aulas de reforço com intervalo de tempo prolongado pode não ser uma boa ideia e não gerar um bom resultado. Quero dizer que se a criança faz aula de reforço apenas na segunda e quarta ou terça e quinta e outros exemplos de dias, pode não ter o efeito esperado na aprendizagem.
         Os pais precisam se organizar de maneira a não sobrecarregar a criança. O ideal é que a rotina da dela seja diversificada, por exemplo, ela vai à escola, retorna para o almoço ou almoça na escola, em seguida um esporte de (2 a 3X na semana, variando de acordo com a predisposição dela) e uma atividade voltada para o intelectual como um momento de leitura, uma prática de jogo que seja necessário o uso de raciocínio lógico. Essas atividades devem ser revezadas; não se joga xadrez todo dia, mas a leitura deve ser diária, ao menos 30 minutos.
         Se for a criança passar por um período de reforço escolar, ele deve ser encaixado nessa rotina como uma atividade intelectual diária, ou seja, escola, esporte e reforço.
Mas todo dia ela passará com o professor particular ou reforço?
Não. O acompanhamento pode ser feito 2X na semana e esse profissional deve deixar conteúdo a ser feito pelo aluno para os dias que não houver o acompanhamento. Os pais apenas devem cobrar a realização da tarefa pela criança.
         E se a criança não conseguir resolver sozinha?
         Os pais devem conversar com o professor particular para que seja verificado o nível de dificuldade das atividades.
         Porque para que a proposta dê certo é preciso que seja todo dia a prática do aluno. Todo dia um pouquinho...

Simone Arcanjo – Professora de Português e Pedagoga

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Os youtubers e a concordância verbal

Concordância verbal é concordar o sujeito com o verbo. Existem mil e uma definições para concordância verbal cheias de eufemismo por aí... Mas o que importa é entender para saber falar e escrever.

O que me levou a escrever sobre esse assunto foi o simples fato do meu filho de 9 anos assistir muitos vídeos. O Youtube é tudo para essa geração: é um tira-dúvidas, é um manual, é um divertimento, enfim, ali eles encontram e se encontram. É claro que precisam ser supervisionados nessa idade e estarmos sempre dando uma olhada no histórico para ver o que estão buscando.

Tem muita coisa boa lá, porém muita gente falando muito errado... Não sou a detentora do conhecimento, também erro, pesquiso quando tenho dúvida, mas os erros ali estão demais. Poderíamos levar em consideração a "variação linguística" por causa da cultura, do social, mas não podemos fechar tanto os olhos.

Muitos youtubers, adolescentes e adultos, estão falando sem nenhuma concordância verbal e ouço o que meu filho assiste: "Eles faz esse caminho... Você tem que apertar os botão... A gente devemos ir por aqui... e assim por diante. "

         Eu procuro corrigir na hora que ouço para mostrar para meu filho que o que ele vê na escola não é em vão. Porque na escola o ensino de verbo está mudado, mas ainda se ensina o correto, plural e singular, todas as pessoas do verbo (eu, tu, ele, nós, vós, eles).

        A questão não é querer todo mundo falando certinho e bonito (o que serial genial! ;)) A questão é que uma coisa não deve atrapalhar a outra. As pessoas têm que se apropriar do conhecimento adquirido, colocando-o em prática. 

        Não se deve assistir? Sim, pode-se assistir. Porém com mais atenção para que tudo aquilo de errado não seja reproduzido na escola, numa prova ou produção de texto...

Simone Arcanjo – Professora de Língua Portuguesa e Pedagoga

domingo, 21 de fevereiro de 2016

Reforço não é mágica!

       Quando se pensa em reforço escolar, não se deve imaginar algo mágico que solucione um problema da noite para o dia.

         Um reforço escolar deve ser encarado como uma forma de ajudar a criança a se tornar um bom estudante no sentido de ter segurança e autonomia para estudar.

         O reforço deve ser voltado para a dificuldade da criança com uma disciplina específica. Não adianta a criança ver todos os conteúdos vistos na escola de forma diferente num reforço escolar.

         É preciso sondar e verificar exatamente onde ela está errando ou se desmotivando. Porque uma das coisas que mais atrapalham o desenvolvimento da aprendizagem é quando a criança encontra dificuldade e então se desmotiva.

         Se ela tem dúvida nas disciplinas Geografia, História, Ciências que são matérias teóricas é preciso realizar um trabalho de reforço com essa criança voltado para interpretação e produção de texto, podendo, é claro, utilizar esses conteúdos disciplinares.

         Os pais, às vezes, não têm como descobrir essa dificuldade e só conseguem ver isso no fim do bimestre no boletim escolar. Infelizmente, a correria do dia a dia os impede de fazer esse acompanhamento.

         O que não se pode esperar é que em dois meses de reforço escolar, isso será solucionado.

         Como postei anteriormente: é preciso tempo para tudo e todos.

Simone Arcanjo – Professora de Português e Pedagoga

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Menos pessoas, menos mulheres, menos frutas, menos gente, menos contas, menos chances, menos, menos, menos...

Qualquer substantivo feminino que você for usar e precisar dizer "menos" para ele, é sempre MENOS que você usará.
A regra é simples: não existe a palavra MENAS!!!

Não é porque o substantivo é feminino que tem que vir acompanhado de outra palavra feminina obrigatoriamente. Menos é um advérbio de intensidade. Ele não tem variação de gênero (feminino ou masculino). É neutro.

Mais exemplos para sua absorção:

Havia menos pessoas do que o esperado.

Neste ano, menos frutas foram colhidas.

Menos mulheres estarão fora da política.

Menos gente morreu em acidentes de trânsito em 2015.

Menos contas foram pagas pelo governo em 2015.

Quanto menos você estuda, menos chances você tem.

Simone Arcanjo – Professora de Português e Pedagoga





quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Minha proposta de reforço escolar


Tenho como proposta hoje, um acompanhamento individualizado para o aluno.
Primeiramente conversarei com os responsáveis por uns 30 minutos para saber sobre a criança e suas dificuldades.
Em seguida, conversarei com a criança para que possamos nos identificar e eu verificar as informações de dificuldades passadas pelos pais.
Então, um teste diagnóstico deve ser aplicado para verificar se há defasagem, dificuldade ou algum outro problema.
Podemos iniciar a partir daí, um trabalho muito significativo desde que haja um comprometimento dos pais com a proposta de estudo e com a criança. Porque uma coisa é fato: não podemos esperar tudo da criança assim tão rapidamente. Ela deve ser conscientizada da proposta, ela deve ser treinada para tal e consequentemente ela se tornará condicionada para a prática do estudo.
Posso afirmar que para se alcançar um objetivo é preciso muito treino e disciplina.
Os pais não podem esperar que em um mês de aulas de reforço a criança tenha excelentes resultados na escola. É preciso tempo para todas as etapas (conscientização, treino e condicionamento) para que algum resultado apareça. Esse tempo também varia de criança para criança, podendo ser de 6 a 10 meses para se perceber um progresso.
Muitas vezes, a criança está no 4º ano e vem com dificuldades desde o 2º. Não será apenas em um ou dois meses que toda essa defasagem será solucionada. Recuperar um ano ou seis meses de conteúdo escolar, demanda tempo.
Se todos falarem a mesma língua: escola, pais, professor particular e aluno, alcança-se o objetivo.
Então, não desista do seu filho e não exija da escola algo que ela não pode proporcionar.
Contrate um professor para reforço escolar para seu filho.

Faça um teste, pois estudo nunca é perdido.

Simone Arcanjo – Professora de Português e Pedagoga

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Por que o reforço escolar?


A criança não está indo bem nas disciplinas escolares e muitas vezes os responsáveis pensam que a solução é uma fórmula mágica: um reforço escolar.
Não é bem assim...                                                                                                      
Não ter bons resultados nas matérias escolares envolve muitos fatores: estado psicológico da criança, a convivência familiar, hábitos familiares entre outros.
A escola é um ambiente de interação e estudo, porém ela não pode dar uma atenção individualizada a cada criança. Todos os alunos estudam no mesmo ritmo e nem sempre todos estão no mesmo ritmo. É aí que se percebe algo errado e um precoce julgamento é feito: não indo bem... Ok. É preciso agir, então! Em algumas situações os responsáveis são orientados a levarem seus filhos a uma consulta com uma psicopedagoga para serem diagnosticados e com alguma sorte alguns são orientados a fazerem umas aulas particulares ou reforço escolar. Em alguns casos, existe mesmo um déficit por parte da criança, mas na maioria, o que falta mesmo é um olhar individual para aquela criança no que se refere a estudo. Defasagem é basicamente o que está errado no aprendizado dessa criança.
Como já dito a escola hoje é apenas um referencial, ela trabalha os conteúdos de um currículo nacional de maneira a cumprir a legislação educacional. É o ambiente onde os alunos fazem amigos por estarem muito tempo ali ou por ser o único lugar que frequentam por períodos prolongados. A escola tornou-se um ambiente de socialização e estudo, porém sabemos que não dá para ser bom em muitas coisas e nesse caso, o estudo, ficou padronizado.
As crianças não têm o mesmo padrão. Elas são diferentes, aprendem em ritmos diferentes e progridem de maneira individual. É preciso estar atento a essa questão que é despercebida pelos pais devido à correria do dia a dia. Cada criança precisa de um olhar individualizado. É aí que entra a proposta de um reforço escolar ou como preferirem aulas particulares.
Mas, vejam bem...
Não é apenas pagar para um professor, duas vezes na semana, dar atenção e exercícios para seu filho, ajuda-lo a resolver algumas questões e pronto. É preciso que esse profissional acompanhe o desenvolvimento dessa criança. Que consiga identificar a necessidade dela, que saiba de onde partir, que se envolva e queira fazer com que ela progrida.

Existem hoje várias empresas educacionais nesse segmento, várias marcas e muitos professores com experiência realizando esse tipo de trabalho. O importante é saber em qual método a criança se encaixa.  

Simone Arcanjo – Professora de Língua Portuguesa e Pedagoga

sábado, 13 de fevereiro de 2016

Obrigada e Obrigado

Essa palavra, não importa se feminino ou masculino, significa um agradecimento. Ou seja, quem a pronuncia está agradecido e proferiu essa palavra, sente atendido e fez uso dela. É um adjetivo porque qualifica quem a pronuncia como grato ou grata.

Mesmo parecendo tão simples, algumas pessoas cometem deslizes e acabam se enganando na hora de usar esse adjetivo.

Ela tem que concordar com quem fala. Se for uma mulher que está expressando sua gratidão, que está querendo dizer que está agradecida, grata, ela deverá usar obrigadA.

- Janice, seu trabalho estava ótimo!
- Obrigada!

Caso seja um homem que pronunciará a palavra, deve ser dito obrigadO.

- Sr. Carlos, a pintura ficou ótima.
- Obrigado.

Se for um casal ou um grupo e quem for falar pelo grupo for um homem ou mulher, pode ser usado obrigado, pois o grupo é quem está agradecido e essa pessoa fala por ele.

Simone Arcanjo – Professora de Português e Pedagoga

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

A importância do reforço escolar

O reforço escolar é um fator importante para a formação do ser humano, pois desenvolve a aprendizagem.
Ainda hoje encontramos situações de aprendizagem onde as pessoas que ensinam se deixam levar pela maneira de pensar que todos podem aprender num mesmo ritmo. Isso é um padrão de comportamento, por parte de quem ensina, muitas vezes inconsciente. O segredo está em perceber aqueles pequenos que estão ficando para trás ou que estão distantes do que se está ensinando, ou seja, estar atento às diferenças.
Nem sempre é possível em sala de aula, o professor polivalente atender essas necessidades e a escola, às vezes, não dispõe de uma estrutura que o atenda. Sabemos que escolas renomadas têm suas salas cheias e esperam que os pais acompanhem o desenvolvimento dos seus filhos. É nessa hora que um atendimento individualizado faz a diferença!
Esse atendimento que podemos chamar de reforço escolar não deixa de ser um recurso para a melhoria desse aprendizado. Podemos chamar de “melhoria na aprendizagem” porque muitas vezes o aluno apresenta um problema pontual, apenas uma questão em uma disciplina específica que se houver uma orientação correta ele supera esse momento.
O reforço escolar aplicado na melhor fase que seria entre 6 e 9 anos tem efeitos eficazes. Até os 8 anos temos a fase de alfabetização e aos 9 a concretização desse aprendizado. A criança não vai parar de aprender aos 9, porém se ela tiver um bom desenvolvimento nessa fase de alfabetização esse aprendizado se torna mais tranquilo e efetivo.
Se a aula de reforço escolar for individual, o aluno se sente mais seguro para explanar suas dúvidas e dificuldades. O aluno percebe que o canal de comunicação estabelecido é real e ele se sente mais a vontade para perguntar o que não entende. Se for com grupos pequenos de 2 ou mais alunos, pode até ser divertido, porém eles acabam percebendo que estão ali por único objetivo: aprender.
É possível que essa aula aconteça on-line e se tenha bons resultados, porém isso vai exigir dos pais uma maior atenção e disciplina para acompanhar esse processo.
Na forma presencial, existem mais benefícios para todos os envolvidos. O aluno desenvolve outros fatores tais como comunicação, atenção e mais vontade para atividades. Os pais devem confiar no professor particular, pois ele estará sempre os posicionando em relação ao progresso do aluno. O professor, por sua vez, tem a certeza de um trabalho efetivo, pois está cara a cara com o aluno e atento a qualquer reação que não seja pertinente ao aprendizado.
            A hora de se fazer é nesse momento. Não deixe passar essa oportunidade para seus filhos.
Tenho como experiência própria esse relato. Tenho um filho de 9 anos, que hoje está no 4º ano. Desde os 4 anos de idade dele, tenho desenvolvido trabalhos sobre alfabetização, principalmente leitura, e matemática. Hoje colho frutos dessa dedicação. Ele é um excelente aluno: aprende com facilidade e consegue se expressar tranquilamente nas dúvidas. É claro que tem afinidades com algumas disciplinas, mas sempre apresenta bons resultados nas outras.
Invista em seu filho! Você irá se surpreender e colher excelentes frutos!



Simone Arcanjo – Professora de Língua Portuguesa e Pedagoga

domingo, 31 de janeiro de 2016

Vai vir ou vai vim?

Outros exemplos para você lembrar como se fala corretamente:

Você vai vir de carro ou de ônibus?
Ele vai vir para a festa da mãe?
A menina vai vir a pé para a escola.
O grupo vai vir de avião para ajudar.

Lembre-se que todas as frases acima poderiam ser escritas de maneira mais culta. Veja:

Você virá de carro ou de ônibus?
Ele virá para a festa da mãe?
A menina virá a pé para a escola.
O grupo virá de avião para ajudar.

"Vim" é somente para passado:

Eu vim para ficar.
Eu vim conhecer a cidade.
Eu vim porque fui convocado.
Eu vim correndo para não perder a hora.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

A gente ou agente


Parece uma bobagem, mas quando a pessoa não está acostumada a escrever pode esquecer como se escreve algumas palavras. Isso não é nenhuma vergonha. O importante é sempre buscar a maneira correta de escrever. Não adianta fazer loteria na hora da escrita: "Tomara que seja assim"! Isso sim é uma vergonha, porque hoje há tantas formas de pesquisa, tantos aplicativos que favorecem a escrita correta que não se pode perdoar erros assim...

É importante lembrar sempre que existe a linguagem informal, mas quanto mais praticamos algo mais condicionado ficamos a ele. Então, quanto mais informal for sua maneira de escrever, mais difícil será quando tiver que lidar com a maneira formal.